quinta-feira, 18 de março de 2010

Mães e esposas de dissidentes são presas em protesto em Cuba



Mães e esposas de dissidentes são presas em protesto em Cuba

17/03 - 17:15 - BBC Brasil

A polícia cubana prendeu, nesta quarta-feira, cerca de 30 mães e esposas de dissidentes políticos que participavam de uma manifestação na capital do país, Havana. Intitulado 'Damas de Branco', o grupo exige a libertação de cerca de 50 críticos do governo que estão presos desde 2003.

(Mais aqui)

sexta-feira, 12 de março de 2010

O preço que paguei por acreditar em Cuba foi alto demais

Prezado Olavo de Carvalho,

Acabei de ler o seu artigo publicado pela revista Época desta semana. Não pude deixar de viajar no tempo e reviver todo o sofrimento que passei naquela ilha.

Não fui fazer turismo, vivi na ilha durante alguns meses, pude conhecer pessoas e convivendo com elas no dia a dia perceber a dureza de sua realidade.

Embora o aspecto seja paradisíaco, há muita miséria neste país. A pior de todas é a miséria moral, a cultura da mentira, mas isso o turista não percebe...

Meu marido era diplomata e foi servir em Cuba. Eu incentivei a escolha, principalmente em razão do nosso filho que estava para nascer, pensando que nada lhe faltaria: teria os alimentos básicos, vacina, um bom pediatra... era isso que importava, não estava preocupada com pequenos confortos supérfluos e acreditava piamente que não passaria nenhum tipo de necessidade.

Doce ilusão...

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quinta-feira, 11 de março de 2010

Duas ou três coisas que é bom saber sobre Cuba

Este texto anônimo, de origem venezuelana, está circulando pela internet. - O. de C.



Você sabia que em Cuba o talão de racionamento está calculado para 1.800 calorias por pessoa e que muitos produtos mencionados no talão só existem em fantasia, enquanto outros aparecem e desaparecem conforme as colheitas?

Você sabia que quatro anos atrás o talão de racionamento era de 1.600 calorias, que houve uma epidemia de doenças mentais e de crianças nascidas defeituosas, que Fidel lançou a culpa disso sobre uma suposta guerra biológica empreendida pela CIA, que a Organização Mundial da Saúde descobriu que era um problema de avitaminose causada pelo racionamento de vitaminas e proteínas, que a OMS então enviou pastilhas multivitamínicas para socorrer a população cubana e obrigou o governo a subir a ração para 1.800 calorias?

Você sabia que em Cuba não se consegue obter, porque não constam do talão de racionamento, nem papel higiênico, nem sabonete, nem toalhas sanitárias, nem leite para adultos, entre outras coisas?

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Site Congênere

Acabo de descobrir, na página de um amigo, o site The Victims of Communism Memorial Foundation, um site congênero a este em que escrevo, mas, obviamente, muito mais rico em informações. Recomendo-o vivamente. É bom ver multiplicarem-se sites assim.

domingo, 1 de novembro de 2009

Updates on '08 Tibet Protest: Two Tibetan Social Activists get 14 to 15 Years Jail Term

Monday, October 12 2009 @ 09:19 pm UTC

Dharamshala: Among those hundreds of Tibetans who were tortured and arbitrarily sentenced to jail for voicing strong indignation against 50 years of China's repression in Tibet last year, a people's court in Lhasa last year had handed down rigorous prison sentence of 14 to 15 years on two Tibetan social activists, according to information received by the Central Tibetan Administration.

Migmar Dhondup, aged 36, and Tenchoe alias Tenzin Choedak, aged 23, were arrested by the Public Security Bureau at separate locations in connection with the peaceful protests in Lhasa, the capital of Tibet, in March last year.

Migmar Dhondup was sentenced to 14 years in jail on charges of espionage on 27 October.

Mais sobre a repressão chinesa ao Tibete, aqui.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Origens do PC do B




Olavo de Carvalho
Zero Hora, 7 de abril de 2002



A propaganda maciça do PC do B na televisão vem prometendo liberdade, prosperidade, lei e ordem, etc. e tal, e os partidos ditos “de direita” (que não são de direita de maneira alguma, mas apenas associações de auto-ajuda de oportunistas caipiras) se encontram tão sonsos, tão alienados, que a nenhum deles sequer ocorre a idéia de lembrar aos eleitores a origem e o comprometimento ideológico dessa agremiação.

O PC do B foi um dos partidos que nasceram da revolta entre os apóstolos de métodos revolucionários sangrentos quando a União Soviética, na década de 50, decidiu que os partidos comunistas do mundo, salvo expressa instrução de Moscou, deveriam abster-se do uso direto da violência para a conquista do poder. Saudosos do genocídio stalinista e inconformados com o que lhes pareceu um imperdoável aburguesamento da revolução soviética, os comunistas mais enfezadinhos juntaram forças em torno de Mao Tsé-Tung, um sociopata estuprador e pedófilo que para dominar a China fizera uma guerra do ópio contra seu próprio país e matara 60 milhões de seus compatriotas (um décimo da população local, na época). Com essa folha de serviços, Mao parecia a uma boa parte da militância esquerdista mundial um tipo tanto mais adorável. Mais tarde, ele viria a empreender o mais amplo e sistemático esforço de devastação cultural registrado na história, mobilizando milhões de adolescentes fardados e fanatizados, os “guardas vermelhos”, para suprimir pelo terror o legado da cultura chinesa milenar, que hoje, com exceção da casca folclórica mantida em Pequim para exibição turística, só subsiste graças aos registros conservados pelos estudiosos ocidentais. Nas décadas de 60 e 80, o culto devoto à pessoa do gordo e auto-satisfeito ogro chinês espalhou pelo mundo milhões de exemplares do “Livro Vermelho dos Pensamentos do Presidente Mao”, uma inacreditável coleção de banalidades e frases ocas ante a qual a “intelligentzia” esquerdista do Ocidente se prosternou como se fosse a última revelação profética.

Os sucessores de Mao mantiveram-se fiéis a seus métodos, invadindo o vizinho Tibete e matando um milhão de tibetanos desarmados, sem que contra isso se erguesse na mídia um milésimo da gritaria que se ouviu quando os americanos liquidaram algumas dúzias de terroristas no Afeganistão. Hoje em dia os chineses empenham-se em repetir em escala tibetana a revolução dos “guardas vermelhos”, reprimindo severamente a prática do budismo tradicional, sem que isto constitua o menor escândalo aos olhos dos santarrões da “diversidade cultural”.

Mas, bem antes disso, o maoísmo teve seu momento de glória quando inspirou e comandou a resistência mundial contra a ajuda americana ao Vietnã do Sul invadido pelas tropas comunistas do Vietnã do Norte. A campanha mundial anti-EUA, talvez a mais potente mobilização de retórica humanitária e sentimental do século, resultou na retirada das tropas americanas e na conseqüente entrega do Vietnã do Sul às tropas vietcongues, que, no processo de faxina ideológica que se seguiu, enviaram ao pelotão de fuzilamento ou à morte por inanição nos campos de prisioneiros um milhão de pessoas, isto é, cinco vezes o total de vietcongues mortos na guerra; em seguida ajudaram a estender o regime comunista ao vizinho Camboja, onde a matança chegou a dois milhões de vítimas, fazendo com que a paz, como o previam os militares americanos, por isso estigmatizados pela mídia bem-pensante, fosse incomparavelmente mais mortífera que a guerra. Dos líderes da campanha, só dois, que eu saiba, perceberam e confessaram o crime inominável a que se haviam acumpliciado: na época agitadores estudantis, David Horowitz e Ronald Radosh, nos seus livros de memórias, “Radical Son” e “Commies”, contam tudo a respeito dos batalhões de ídolos acadêmicos e “pop stars” que soltaram do freio americano o comunismo asiático e assim ajudaram Ho Chi Minh e Pol-Pot a matar três milhões de pessoas em tempo de paz.

Jamais traduzidos, esses livros são mantidos a uma asséptica distância dos leitores e eleitores brasileiros, que, se os tivessem lido, não acreditariam numa só palavra do PC do B, o partido maoísta brasileiro.

Moralmente, esse partido foi cúmplice e apologista dos maiores genocídios da história -- China e Camboja -- e da instauração de regimes que, vertendo toneladas de sangue, suor e lágrimas de seus opositores, nada mais conseguiram senão mergulhar seus países na indescritível miséria da qual só foram parcialmente salvos, “in extremis”, pela chegada providencial dos investimentos norte-americanos na década de 90.

A simples existência de um PC do B é uma vergonha, uma abjeção. Nenhum partido que se acumpliciou a regimes comprovadamente genocidas deveria poder atuar livremente numa democracia, ao menos antes que a extensão do seu comprometimento moral, ideológico e publicitário com a prática de crimes hediondos em escala industrial fosse meticulosamente investigada e divulgada para advertência dos eleitores.

É verdade que qualquer militante dessas organizações pode alegar, “ex post facto”, que não aprovava pessoalmente ou que ignorava os feitos dos regimes idolatrados por seus partidos. Mas ambas essas coisas foram também alegadas pelos criminosos de Nuremberg, e hoje é consenso mundial que se tratava apenas de desculpas esfarrapadas.

Também não custa nada o sujeito alegar que os tempos mudaram, que isso de maoísmo é coisa do passado, que a guerra fria terminou e que ele próprio já não é o mesmo de antigamente. Aliás até os sucessores de Mao no governo da China dizem isso.

Mas a sinceridade dessas alegações pode ser medida -- e desmentida -- da maneira mais simples: basta averiguar se o inocente tardio mudou ao menos de discurso quanto à guerra do Vietnã: se continua a se fazer de “pomba” contra os “falcões” de Washington (como então se rotulavam as facções anti-americana e pró-americana), se continua a celebrar a campanha anti-EUA como uma epopéia da bondade humana, se não reconhece e não deplora as conseqüências catastróficas da retirada das tropas americanas, se continua enfim a legitimar ou a louvar as ações que resultaram no mais previsível e evitável genocídio de todos os tempos, então, além de cúmplice moral do crime, o sujeito é também um mentiroso, um fingido e salafrário que deveria ser expulso da vida pública a pontapés.

Os partidos “de direita”, se o fossem de verdade, teriam a estrita obrigação de alertar o povo quanto a essas coisas. Mas não o fizeram nem o farão. Oportunismo, covardia e desejo servil de agradar a esquerda triunfante são, no fundo, todo o código moral desses partidos, feitos da substância gosmenta das amebas e das lesmas.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009



Rosas para Stalin, exemplo da corrente artística conhecida como realismo soviético. Reparem a ternura da pintura, capaz mesmo de adornar como manso amigo das crianças um dos ditadores mais genocidas e cruéis da História.